É a minha vez...

Hoje quem precisa sou eu. Quem precisa do silêncio que compreende, do abraço que não deixa ir embora, sou eu. Hoje, quem precisa do carinho que dá qualquer certeza, mesmo vaga, sou eu. E queria te dizer, mesmo não querendo dizer, que é hora em que eu preciso de você. É a minha vez de esconder o rosto e esperar que você me diga qualquer coisa.

Lembra das suas confusões? Lembra de quando sua cabeça dá voltas e eu seguro a sua mão? Estou dando voltas, parece que entrei em um daqueles brinquedos que gira por um minuto e meio como se fosse uma eternidade e não consigo sair. Deito a cabeça e nada disso para. E fico igual uma criança perdida, igual a você em todos aqueles dias quando eu te puxo para perto e digo que não vou à lugar nenhum. Estou assim, como naquele dia em que sentamos longe e eu decidi que as tuas dúvidas não iam me afastar. Estou precisando sentar do teu lado outra vez, mas essa é a sua vez de me puxar para perto. Porque eu quero que me puxe, mas não sei se posso pedir.

Não que eu espere que você faça por mim o que já fiz por ti. Não é nada disso, é, definitivamente, uma questão de necessidade. E eu necessito, agora mais do que nunca, que sente aqui ao meu lado e me olhe com aquela cara de quem ganhou um brinquedo dizendo que ama os meus olhos enquanto sabe que vou discordar para sempre. Cada palavra é um medo de você aproveitar tudo isso para ir mais longe ainda ao invés de me dar um colo qualquer, seja por cinco minutos ou uma hora.

Entre a ponte eu, me escolhe. Entre os outros e eu, me escolhe. Não conheço outra forma de dizer tudo isso. Hoje, eu te preciso aqui. Cala o meu medo, por favor. E não vai... Não vai.
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Autor: Camila Costa

Dizem que "essa guria tem uma caneta no lugar do coração". É gaúcha, jornalista e quase adulta com 23 anos. Um dia chega lá.
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