Você diz verdes. Eu digo azuis. Você os abre um pouco mais, coloca na luz, no escuro e tenta me convencer a entrar nessa história de te ver como esmeraldas, quando eu te vejo mesmo é como o céu, o meu novo lugar preferido.
Não entende quando digo que o azul mais bonito é esse seu azul, dos seus olhos, do seu jeito de ver e fingir que não viu. Dos teus olhos que leem e me releem. Gosto de amanhecer e adormecer neles, de olhar o meu céu particular, a minha imensidão, somente minha. Foi o que vi, teus olhos azuis contra o sol ou a lua, bravos ou calmos, entristecidos ou alegres: teus, meus. Eu pude ver facilmente: a minha casa está ali, nas tuas pálpebras, ainda que isso não soe nada romântico, mas você há de entender meus tropeços linguísticos ou falados, calados, gesticulados e afins.
Sabe-se lá a cor dos seus olhos quando não estou contigo para vê-los. A cor que te entrega num passe de mágica, que ressalta o que nunca quer confessar em voz alta ou não sabe como. Qual a cor dos teus olhos longes de mim? Você pode dizer "tanto faz". De que, afinal, me importa? Ah, meu amor... Importa um tanto sem sentido, sem palavras, sem textos, cem - com C - vidas. Importa-me você, suas cores e temores, seus olhos e visões, suas falas e choros engasgados, seus perdões e suas entregas. Tudo depositado no azul que me guarda/aguarda.
Pois então, como objetivo para o amor, esse amor: descobrir todas as cores dos seus olhos. E não importará a conclusão, as observações ou as mudanças típicas. Para mim, será o azul o vencedor mais belo, o mais puro, o mais... apaixonante. Sim, eu disse apaixonante.
Você não precisa ter medo.
Os meus olhos escuros também te sorriem.
(como gosto do céu... amo você.)
Linda, Camila!
ResponderExcluirImpossível não gostar do que você escreve, sou fã!
ResponderExcluirCamila, vc escreve com a alma. **o** É lindo...
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