Contra a inveja: a felicidade silenciosa


Digo sem medo de errar: a inveja é uma praga. Depois que alguém surge com ela na nossa vida, parece que todo o resto adoece lenta e dolorosamente. Esse papo todo de carregar sempre um pé de coelho, uma figa e outras superstições que existem, não é tão maluco assim. Eu recomendo proteger-se de todas as formas que conhecer. 
 É até um pouco triste pensar que existem pessoas que são incapazes de serem felizes e precisam estragar o brilho que houver na vida dos outros. Coisa triste mesmo isso de não saber sentir a felicidade do outro, de não saber ver alguém com uma roupa nova e admirar o bom gosto ao invés de querer mais é que estrague logo porque você não tem uma igual. E olha, isso é só um exemplo bem fútil, eu poderia ir mais longe e com uns exemplos mais radicais. Sabe aquele tipo de pessoa que parece ter vindo da televisão? Aquela personagem da novela das nove – porque sempre tem uma – que não consegue ser feliz por ninguém, é falsa e fica desejando todo mal do mundo para quem chama de “meu amorzinho”? Gente, isso é real. Existe na minha vida e existe aí na sua também, viu?
E é exatamente pela existência desse tipo oco de pessoa que eu acho tão bom viver a vida em silêncio. Viver para si e para as boas e velhas pessoas queridas que o olho brilha de felicidade junto com o nosso. O sonho está se realizando? Não espalha! Conseguiu o emprego? Não espalha! Comprou aquele carro que estava juntando dinheiro? Não espalha! É feliz? Não espalha! Soa dramático e como se fosse um crime ser feliz, eu sei, mas não é nada disso. É apenas nos poupar de ir do céu ao inferno graças à inveja de alguém que não consegue ser feliz.
A inveja tem força. Pode chamar até de mau-olhado, olho gordo como quiser, isso tem força! Você está lá feliz com as coisas dando certas e pronto: sem explicação tudo escorre ralo abaixo e a vida desanda. Claro que isso acontece mesmo, mas há uma diferença entre isso e as coisas que a inveja alheia nos causam. Mas eu sempre teimo em acreditar que há forças do bem muito maiores. São forças de quem é feliz, carrega uma energia boa dentro de si e sabe como é bom ficar feliz por quem amamos e por quem merece mesmo ser feliz ainda que não nos seja tão próximo.  Nisso também entra aquela história de carma e tudo mais. Tudo o que a gente faz de bom, volta. O que fazemos de mal, igualmente. Mesmo assim, acho que temos que desejar o bem independente de ele voltar para nós ou não. Somente os incapacitados se deixam levar pela tal da inveja.
Protejam-se. A inveja está solta. Façam figa com os dedos e tomem banho de sal grosso. Mas, acima de tudo, não se esqueçam de que a nossa felicidade nunca precisa chegar a certos ouvidos.
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Autor: Camila Costa

Dizem que "essa guria tem uma caneta no lugar do coração". É gaúcha, jornalista e quase adulta com 23 anos. Um dia chega lá.
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