O verso A precisar rimar com o seu igual.
O verso B, idem.
Os meus versos, sem pares ou "por ques",
são assim,
analfabetos sem você.
Insisto nos poemas,
nos textos inventados,
nas palavras emaranhadas
e nos beijos enviados.
Insisto no que você sequer lê ou vê.
Por isso, minhas rimas são pobres
e minhas estrofes curtas.
Por isso, debandei-me a te esquecer,
mas como pode um pobre eu deixar de te querer?
Traz um copo, moço,
que esse porre entra a madrugada,
ultrapassa o coração
e entala na garganta amargurada.
Por um momento,
quem sabe um desespero,
há como te fazer ficar?
Há como nos precisar?
Afinal: somos o que somos?
Ou, me diga, nunca seremos?
Você me traz confusões.
E parece que eu gosto de me afogar
no teu mar,
somente no teu.
E a nossa poesia, eu perdi.
Para ti.
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