O meu amor tranquilo. O meu amor confuso. O meu amor difícil. O meu amor simples. O meu amor entrelinhas. O meu amor gritado ao mundo. O meu amor afobado. O meu amor calmo. O meu amor "tranquilo, com sabor de fruta mordida". Ainda que estranho, o meu. No ciúmes, no bem-me-quer-mal-me-quer, no claro, no escuro, na segunda-feira, na noite de sexta, no domingo, na raiva, na calma, na surpresa, na correria, no medo, na certeza, na dúvida.
As palavras ainda te interessam? Você ainda quer ler? Porque eu ainda quero falar... E que seja para você. Que seja porque encontramos um caminho para não deixarmos de ser. Enquanto você fala do que não sabe, eu quero te mostrar o que sei. De nós, eu sei. De nós eu decorei os detalhes, passado e futuro. Eu sou você até nos seus dias de incerteza. Eu não fui a lugar nenhum, sempre prometi que não iria, e nessas de não saber o que escolher é muito fácil se trair.
Você desconfia, mas eu compro a sua dúvida. Você dá um passo atrás, mas eu posso te mostrar o caminho. Entre todas as coisas, eu não quero que você me perca. As histórias dos outros não deveriam se repetir em nós. Outro dia lembrei do nosso primeiro dia, e quis que você lembrasse comigo, mas tive medo da sua memória calar. Quis que você soubesse tanto quanto eu que os erros estão logo ali, mas que a gente sempre pode ir por aqui. Não precisa errar sempre... Não precisa ser dessa vez.
Eu não queria escrever, porque eu não queria, na verdade, que você lesse. E eu sei que aí dentro de ti já deve ser ainda mais tarde do que é no relógio. Não queria te deixar entrar na minha cabeça desse jeito, não nesses dias. Mesmo te falando tanto e tanto, há metade de um mundo aqui dentro que eu te poupo, porque às vezes é melhor, às vezes pesa menos. Se você pelo menos me olhasse agora, talvez entendesse os meus motivos para nunca, nem ontem, nem hoje e nem amanhã, ter medo da sua confusão... Poderia te fazer entender que as pessoas melhores lá fora não são para mim, não como você. E te dizer, mais uma vez, que a minha intuição nunca erra. A nossa chance é não deixar a chance passar. Você vai entender, porque não é tão difícil assim; a gente não é tão difícil assim.
Olha, você disse uma vez que gostava quando eu falava "meu amor". Eu ainda falo. Você quer me ouvir? Eu ainda quero te falar.
Esse é o texto que eu nunca quis te escrever... Já que escrevi, vê se fica por aqui.
Textos bonitos, Camila. Parece que suas palavras nascem do coração. Quando as coisas nascem do coração, o "parto" parece mais difícil, mas na verdade é mais fácil. O nascimento é natural. Bom, pelo menos é assim que eu sinto. :)
ResponderExcluirE o resultado se torna universal, porque a emoção ainda é a língua dos homens.
Que bom encontrar um blog ativo, nesses tempos onde toda produção parece caminhar para o confinamento numa redoma chamada Facebook. Obrigada por enriquecer a web.