No início ninguém sabia, porque ninguém nunca sabe. E a maioria até ousa dizer que, se conhecesse o fim, viveria tudo outra vez. Mas de que valem as histórias tão cheias de fins? De que valem as histórias, afinal? Se, na verdade, lá dentro de cada um tudo é por um fio, do nascer ao morrer.
No meio já parecia destroçado, alguma tragédia anunciada ou coisa assim. Via-se sinais, daqueles que "se tapa o sol com a peneira": uns dias de céu azul, outros de tempestades. Eu pensava, lá no meu eu tão particular, que até poderia estar se acertando, mas ninguém nunca sabe a palavra gesto que vai definir a culpa mais adiante. Nunca se sabe o passo em falso na calçada mal desenhada.
Então, quando era fim, parecia sempre prorrogação. Aos 48 do segundo tempo ninguém olha mais o placar: não se sabe se é choro de derrota ou vitória; tudo se confunde como o arco-íris entre a chuva e o sol. No fim, tudo é como uma canção francesa: a gente gosta, mas não sabe cantar.
Alguns enxergam como uma casa queimando. Outros preferem ver como um tiro doloroso no corpo. Essas coisas que deixam marcas, resquícios materiais como cinzas ou um projétil. Eu sou realista. A gente é só uma história a mais para remoer.
No meio já parecia destroçado, alguma tragédia anunciada ou coisa assim. Via-se sinais, daqueles que "se tapa o sol com a peneira": uns dias de céu azul, outros de tempestades. Eu pensava, lá no meu eu tão particular, que até poderia estar se acertando, mas ninguém nunca sabe a palavra gesto que vai definir a culpa mais adiante. Nunca se sabe o passo em falso na calçada mal desenhada.
Então, quando era fim, parecia sempre prorrogação. Aos 48 do segundo tempo ninguém olha mais o placar: não se sabe se é choro de derrota ou vitória; tudo se confunde como o arco-íris entre a chuva e o sol. No fim, tudo é como uma canção francesa: a gente gosta, mas não sabe cantar.
Alguns enxergam como uma casa queimando. Outros preferem ver como um tiro doloroso no corpo. Essas coisas que deixam marcas, resquícios materiais como cinzas ou um projétil. Eu sou realista. A gente é só uma história a mais para remoer.
Bem isso...aos 48 do segundo tempo já não se sabe se o choro é de derrota ou vitoria. Muito bom.
ResponderExcluirEspetacular como sempre, Camila!
ResponderExcluirSeus textos me encantam cada vez mais, sou apaixonada por cada palavra e me identifico bastante.
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